terça-feira, 15 de março de 2011

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Leonardo Cazes
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RIO - Sempre teve vontade de ser cientista no colégio, mas não sabe como? Saiba que várias instituições oferecem programas de vocação científica para alunos do ensino médio. A mais nova integrante da turma é a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com foco nas ciências humanas.
Igor dos Santos acompanhou durante um ano o trabalho do Centro de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas, no Rio / Foto de Gustavo Stephan
Nos programas de vocação científica, os estudantes acompanham o trabalho dos pesquisadores e, em certos casos, desenvolvem seus próprios projetos. Na FGV, são duas linhas: Política e Relações Internacionais. Melanie Soares, ex-aluna do Colégio Pedro II e recém-aprovada para Serviço Social na Uerj, e Igor dos Santos, do CAp/Uerj, participaram da experiência piloto em 2010 da fundação. E adoraram.
— Eu ia para a FGV três vezes por semana. O trabalho era principalmente ler textos e participar de discussões com os pesquisadores. Foi muito importante para a minha formação — afirma Igor, que ficou na área de Relações Internacionais.
Já Melanie encarou a jornada dupla no ano do vestibular e não se arrepende.
— Eu trabalhei no grupo que estudou as eleições na mídia. Eles foram bem flexíveis com os horários, devido às provas no colégio. Boa parte do trabalho era em casa, mas tinha que respeitar os prazos — conta.
O Cenpes, centro de pesquisas da Petrobras, também oferece um programa parecido. As vagas são principalmente para as áreas de Química, Geologia e Biotecnologia. Para Maria de Fátima Duarte, gerente de Recursos Humanos do Cenpes, o despertar dos jovens para a pesquisa é o objetivo principal.
— É importante chegar junto deles desde a escola para estimular o interesse. Na seleção, a gente procura identificar aqueles com vocação para a pesquisa — explica.
Já Marcelo Dreux, que coordena o programa do Centro Técnico Científico (CTC), da PUC-Rio, ressalta o contato dos jovens com diferentes áreas.
— Quando eles chegam aqui, muitas vezes estão perdidos. Aqui há a possibilidade de transitar por matemática, informática e Engenharia e ver com o que se identifica mais — diz.
Flávio Sancres e Lana Meuren participaram do Programa de Vocação Científica (Provoc), da Fiocruz / Foto de Fábio Rossi
Flávio Sanches e Lana Meuren participaram do programa na Fiocruz e falam animados da experiência: desde o contato com pesquisadores até a ajuda na escolha profissional.
— Sempre quis trabalhar com Farmácia, mas aqui descobri a Bioinformática. Agora, vou começar Ciências Biológicas, com enfoque em Microbiologia, na UFRJ — afirma Lana.
Para Flávio, bastou entrar na fábrica de medicamentos de Farmanguinhos uma vez para descobrir sua vocação.
— Vou fazer Química Industrial — conta.
Cristina Araripe, coordenadora do programa na Fiocruz, relembra a motivação quando o programa começou.
— Todo cientista chega a um momento em que deseja que outras pessoas se interessem por seu trabalho.

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