domingo, 4 de outubro de 2009

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Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM


1. No dia 4 de outubro comemoramos Francesco, esse italiano de Assis e do mundo. Não podemos repetir São Francisco. Nós, seus discípulos, não somos Francisco de Assis. Ele é único. “O Espírito Santo não se repete. Haveremos de descobrir que esse Espírito nos convida a tornarmo-nos, para os homens do século XXI, uma Palavra de vida, a sermos irmãos e irmãs do Evangelho a partir do qual ousaremos abrir novas estradas de liberdade, de esperança e de alegria. Queremos beber da mesma fonte borbulhante da qual Francisco bebeu para encarnar hoje a alegria e a loucura do Evangelho. Francisco não pertence a ninguém. É característica das grandes figura – bem como das grandes obras literárias e musicais – serem inexauríveis. O próprio Evangelho nunca deixa de ser lido, relido, comentado e vivido. É sempre novo!” (Michel Hubaut, La gioa di viverei il Vangelo, Ed. Messagero, Padova 2006, p. 10).

2. Ao pintar com as cores franciscanas de outubro, damos a palavra a Éloi Leclerc: “Deixar Deus agir é, exatamente nada fazer contra a existência, mas aceitar todo o seu mistério com amor e piedade, com paciência e respeito, tal como ele se nos oferece. A existência é um grande mistério. Por que há tantas estrelas? E no fundo céu, esse rio imenso de astros que nunca ninguém foi capaz de contar? E por que os encontramos nós, agora, neste barco? Tudo é mistério. Mas podemos dizer sim a tudo isto e aceitar crescer conjuntamente. Por que tudo o que existe foi chamado a crescer em conjunto. Não apenas lado a lado, ou face a face, mas em conjunto, como um todo harmonioso, como os membros dum mesmo corpo. Nisto consiste deixar Deus agir e ter a fé, a paciência dos santos” (in Desterro e Ternura, Ed. Franciscana, Braga, 1974, p. 106-107). Não é isso que Francisco ensina? Viver é acolher o mistério que se nos revela.

(retirado do site: www.franciscanos.org.br)

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