segunda-feira, 17 de novembro de 2008

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Sandra Pereira

 

Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifets,), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná e as escolas técnicas vinculadas às universidades federais formarão a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Esta é a proposta do Projeto de Lei nº 3.775, feita pelo poder executivo e aprovada na quarta-feira (5) na Câmara dos Deputados e que segue para apreciação do Senado.

A criação dos Ifets, que integrariam os centros federais de educação tecnológica (Cefets) com as escolas técnicas e agrotécnicas federais, faz parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado pelo Ministério da Educação em 2007. Na proposta, os Ifets seriam instituições de educação básica, profissional e superior. Especializadas na oferta de educação profissional e tecnológica, atuariam ainda na área de pesquisa e extensão. A previsão é que todos os estados tenham pelo menos um Ifet. A partir de agora, os Cefets vão virar Ifets. Além disso, serão criadas mais 150 escolas técnicas, explica o deputado Alex Canziani (PTB-PR), relator pela Comissão de Educação e Cultura. Segundo ele, a medida representa um avanço. Será uma grande alavanca para a educação profissional do país. Há uma carência na formação de técnicos, diz.

De acordo com o projeto aprovado pela Câmara, um dos objetivos dos Institutos Federais é oferecer educação profissional e tecnológica em todos os níveis, mas com prioridade para o ensino médio na forma de cursos integrados, para os concluintes do ensino fundamental e para o público da educação de jovens e Adultos. Pela proposta, 50% das vagas serão oferecidas a esse público.

Os Ifets terão também 20% dos cursos dedicados à formação de professores (licenciaturas). Uma das propostas incorporadas ao projeto original pela Comissão de Educação e Cultura é a oferta de cursos à distância.

O texto aprovado estabelece que a atuação dos institutos deve beneficiar as comunidades locais, com geração e adaptação de soluções técnicas e tecnológicas de acordo com as demandas sociais e as peculiaridades regionais.

Para o ensino superior, deverão ser oferecidos cursos de tecnologia, bacharelado, pós-graduação lato sensu de aperfeiçoamento e especialização, e stricto sensu de mestrado e doutorado. Além disso, devem ser desenvolvidos programas de extensão e de divulgação científica e tecnológica. 

 

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