quinta-feira, 13 de novembro de 2008

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São Paulo, 13 (AE) - Na qualidade de primeira-dama dos EUA, Michelle Obama - mulher do presidente eleito Barack Obama - levará a experiência de uma advogada de empresas para a Casa Branca. Porém, ela afirma que sua prioridade será desempenhar o papel de "mãe-em-chefe" para as duas filhas do casal.

A advogada de 44 anos foi uma ardente defensora da candidatura do marido, mas afirma que não deseja assumir um papel político no governo. "Minha primeira ocupação é continuar como 'mãe-em-chefe'", disse, em recente entrevista, referindo-se às filhas Malia, de 10 anos, e Sasha, de 7. Michelle diz ter como principal plano buscar meios para que as mulheres consigam equilibrar trabalho e família. Ela admite, entretanto, que pode vir a atuar como conselheira informal do marido.

A primeira-dama cresceu num bairro operário de Chicago, freqüentou escolas públicas e formou-se em duas universidades de elite: Princeton e Harvard. Depois disso, trabalhou num escritório de advocacia e no gabinete do prefeito de Chicago. Seu emprego mais recente foi como vice-presidente dos hospitais da Universidade de Chicago, ocupação que lhe rendia um salário maior que o do marido.

Embora a família tenha uma boa situação financeira - em parte por contar com os royalties de dois livros publicados pelo presidente eleito -, Michelle costuma sublinhar os valores que recebeu na sua educação: "Quando você cresce numa família na qual há amor, segurança e pessoas que se sacrificam por você, tem a obrigação de retribuir, ajudando aos outros. É por isso que o serviço comunitário tem sido uma grande parte da minha vida."

No discurso que fez na semana passada, após o anúncio da vitória do marido, Obama descreveu sua mulher: "Minha melhor amiga nos últimos 16 anos, a rocha da nossa família, o amor da minha vida."

Em uma exposição que atraiu inúmeros elogios na Convenção Democrata, Michelle falou sobre a vida do casal e disse ver no marido a representação dos valores americanos típicos. Em Denver, em outro discurso, ela afirmou: "Não teríamos chegado a este momento na história do país sem vocês todos, porque algo milagroso aconteceu este ano", afirmou. "Estou orgulhosa do meu país e orgulhosa do meu marido."

Michelle tem imensa popularidade entre os democratas, entusiasmados com a força e inteligência que ela projeta, apesar de, em fevereiro, ter provocado polêmica por causa de comentários feitos durante a campanha. "Pela primeira vez, estou realmente orgulhosa do meu país", afirmou, num comício no Estado de Wisconsin. "E não só porque Barack foi bem-sucedido, mas porque acho que as pessoas estão sedentas por mudança."

Os conservadores a criticaram, dizendo que lhe faltou patriotismo. Michelle tem utilizado boa parte de seu tempo para dar apoio às famílias de soldados americanos que integram as tropas enviadas ao Iraque e ao Afeganistão - outra tarefa que pretende manter quando chegar à Casa Branca.

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